quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

 A piscicultura no Estado de Rondônia se expandiu significativamente nos últimos cinco anos. Em 2005, um diagnóstico apontou que a produção total do estado era de 5,5 milhões de alevinos. Em 2010, apenas um produtor do município de Pimenta Bueno é responsável por colocar no mercado esse mesmo montante. A qualidade também registra sensível melhora devido ao projeto ‘Rastreabilidade do Tambaqui de Rondônia’.

O projeto teve início em 2005, em resposta a pedidos de produtores da região. Eles desconfiavam que a consanguinidade, o grau de parentesco entre alevinos de ascendência comum, fornecidos pelos laboratórios do estado, seria muito alta. “A consanguinidade não deve ser aleatória, pois pode gerar problemas, como o risco de o alevino nascer com escoriações na lombar e ser suscetível a doenças". O projeto de rastreabilidade do tambaqui é desenvolvida pelo Sebrae e parceiros como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e universidades.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Belezas Naturais

A região Amazônica é rica em belezas naturais isso é fato, mas o lugar que mais me encanta é PORTO ROLIM,  um lugar que encanta na sua simplicidade. Aqui estão algumas fotos com a vista área desse belo lugar.

Paraíso 


que encanta

A todos


QUE VISITAM A REGIÃO

ESSE PARAÍSO É...

PORTO ROLIM


NO CORAÇÃO DO VALE DO GUAPORÉ


VALE A PENA CONHECER...



E SE ENCANTAR COM A FLORA E FAUNA E POVO LOCAL.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

LINKS PARA ESTUDO OU ADQUIRIR INFORMAÇÕES

Para aqueles que querem adquirir novos conhecimentos sobre a Amazônia como um todo, acessem esses links que eu disponibilizo para vocês amigos leitores:
CENTRO DE ESTUDOS RIOTERRA

http://www.rioterra.org.br/



Lá você poderá conhecer que a RIOTERRA é o Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia, criado em 1999, que tem como objetivo principal a contribuição para com a sociedade de forma crítica, consciente no contexto socioeconomico-ambiental com a capacidade de propor um modelo de desenvolvimento para região amazônica que alie conservação e sustentabilidade, a melhoria da qualidade de vida das populações locais, respeitando-se suas diferenças culturais, necessidades e potencialidades naturais dos ambientes.
Atuando nas áreas de cultura, educação e meio ambiente, alicerçados na mobilização popular e na parceria com instituições sérias e populações comprometidas com o desenvolvimento humano de nossa terra.

(Em partes texto original RIOTERRA).
LUCIANA KESTER
18 DE FEVEREIRO DE 2011

PROJETO PARA DESENVOLVIMENTO EDUCAÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL - RO

TIPOS DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL


A responsabilidade empresarial que condiz ao meio ambiente não é mais apenas uma postura diante das imposições para se transformar em atitudes voluntárias, superando as próprias expectativas da sociedade. Compreender essa mudança de paradigma é vital para a competitividade, pois o mercado está, a cada dia, mais aberto e competitivo, fazendo com que as empresas tenham que se preocupar com o controle dos impactos ambientais. Este cenário que, a princípio, parece colocar as organizações em alerta, no que diz respeito as suas relações com a natureza, deve ser encarado como uma oportunidade para que elas passem a implementar práticas sustentáveis de gerenciamento, não apenas como uma postura reativa a exigências legais ou pressões de grupos ambientalistas, mas sim com a intenção de obter vantagens competitivas. Os Sistemas de Gestão Ambiental vêm se tornando um grande aliado das organizações que buscam manter seus processos, aspectos e impacto ambiental sob controle. A gestão ambiental vem ganhando um espaço crescente no meio empresarial. O desenvolvimento da consciência ecológica em diferentes camadas e setores da sociedade mundial acaba por envolver também o setor empresarial. Naturalmente, não se pode afirmar que todos os setores empresariais já se encontram conscientizados da importância da gestão responsável dos recursos naturais.  A empresa que não buscar adequar suas atividades ao conceito de desenvolvimento sustentável está fadada a perder competitividade em curto ou médio prazo. Muitas vezes os investimentos em gestão ambiental são direcionados por fatores competitivos, mas existem fatores diversos que determinam a realização de investimento em gestão ambiental por parte de empresas, dependendo de sua realidade. Assim, o empresário e o investidor, que antes viam a gestão ambiental como mais um fator de aumento de custos do processo produtivo, se deparam com vantagens competitivas e oportunidades econômicas de uma gestão responsável dos recursos naturais.  O Sistema de Gestão Ambiental permite que a organização atinja o nível de desempenho ambiental por ela determinado e promova sua melhoria contínua ao longo do tempo. Consiste, essencialmente, no planejamento de suas atividades, visando à eliminação ou minimização dos impactos ao meio ambiente, por meio de ações preventivas ou medidas mitigadoras. Neste contexto, este artigo busca evidenciar a importância da Gestão Ambiental na empresa, apresentando-se como fonte de estratégia competitiva e também na construção da imagem corporativa. O ambiente como estratégia empresarial. O fator ambiental vem mostrando a necessidade de adaptação das empresas e conseqüentemente direciona novos caminhos na sua expansão. As empresas devem mudar seus paradigmas, mudando sua visão empresarial, objetivos, estratégias de investimentos e de marketing, tudo voltado para o aprimoramento de seu produto, adaptando-o à nova realidade do mercado global e corretamente ecológico.  O paradigma atual de desenvolvimento é um modelo meramente capitalista, que visa ao lucro máximo. Portanto, o crescimento econômico em si gera bem-estar à sociedade, e o meio ambiente é apenas um bem privado, no que se refere à produção e descarte dos seus resíduos. Dentro desse processo, ao longo dos últimos 30 anos, pode-se afirmar que os recursos naturais são tratados apenas como matéria-prima para o processo produtivo, principalmente no processo produtivo industrial. O que aconteceu é que este modelo, da maneira como foi idealizado, não é sustentável ao longo do tempo. Ficou claro que os recursos naturais eram esgotáveis, e, portanto, finitos, se mal utilizado. Assume-se que as reservas naturais são finitas, e que as soluções ocorrem através de tecnologias mais adequadas ao meio ambiente. Deve-se atender às necessidades básicas usando o princípio da reciclagem. Este novo fazer foi construído, em grande parte, a partir dos resultados da Rio-92, onde a noção de Desenvolvimento Sustentável se alastrou e se estruturou. Porém, o que a noção e os conceitos de sustentabilidade trazem como novo desafio são os caminhos para a Gestão Ambiental.  As questões sociais e ambientais são reunidas e passam a ser ainda mais exigidas no conceito de sustentabilidade. A sustentabilidade para Gray (2003) é um conceito difícil de aplicar em qualquer corporação individual. Ele é basicamente um conceito global. Mas isto não significa que não tenha aplicação em corporações – como, na verdade, um número cada vez maior de empresas e grupos de pressão/solucionadores de problemas corporativos está rapidamente reconhecendo. Essa conscientização nos conduzirá ao desenvolvimento sustentável, definido no Relatório Brundtland (Nosso Futuro Comum), elaborado pela Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento (1988), como “aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”.  Para Callenbach (1993), a administração ambiental está associada à idéia de resolver os problemas ambientais em benefício da empresa. Ela carece de uma dimensão ética, e suas principais motivações são a observância das leis e a melhoria da imagem da empresa. Já o gerenciamento ecológico é motivado por uma ética ecológica e por uma preocupação com o bem-estar das futuras gerações. Seu ponto de partida é uma mudança de valores na cultura empresarial.  Quanto ao gerenciamento ecológico, Capra apud Callenbach (1993) diz que envolve a passagem do pensamento mecanicista para o pensamento sistêmico. Um aspecto essencial dessa mudança é que a percepção do mundo como máquina cede lugar à percepção do mundo como sistema vivo. Essa mudança diz respeito à nossa percepção da natureza, do organismo humano, da sociedade e, portanto, também à nossa percepção de uma organização de negócios.  Neste sentido, Sá (2002) refere que há uma consciência social em marcha, cuja formação se acelera e que condena a especulação gravosa da riqueza e o uso inadequado de utilidades, como fatores de destruição do planeta e como lesão à vida dos entes que povoam o mundo.  Esse novo paradigma precisa ser acompanhado por uma mudança de valores, passando da expansão para a conservação, da quantidade para a qualidade, da denominação para a parceria. Bertalanffy (1977), com sua Teoria Geral dos Sistemas, enfatiza que tudo está unido a tudo e que cada organismo não é um sistema estático fechado ao mundo exterior, mas sim um processo de intercâmbio com o meio circunvizinho, ou seja, um sistema aberto num estado quase estacionário, onde materiais ingressam continuamente vindo do meio ambiente exterior e neste são deixados materiais provenientes do organismo. Segundo Bateson (1987), um sistema vivo não se sustenta somente com a energia que recebe de fora, mas fundamentalmente pela organização da informação que o sistema processar.

As empresas, para Capra apud Callenbach (1993), são sistemas vivos, cuja compreensão não é possível apenas pelo prisma econômico. Como sistema vivo, a empresa não pode ser rigidamente controlada por meio de intervenção direta, porém, pode ser influenciada pela transmissão de orientações e emissão de impulsos. Esse novo estilo de administração é conhecido como administração sistêmica. Benefícios: Para Winter apud Callenbach (1993), seis são as razões pelas quais todo administrador ou empresário responsável deve implementar os princípios da administração com consciência ecológica em sua companhia:  *Sobrevivência humana – sem empresas com consciência ecológica, não poderemos ter uma economia com consciência; sem uma economia com consciência ecológica, a sobrevivência humana estará ameaçada. *Consenso público – sem empresas com consciência ecológica, não haverá consenso entre o povo e a comunidade de negócios; sem esse consenso, a economia de mercado estará politicamente ameaçada.
*Oportunidades de mercado – sem administração com consciência ecológica, haverá perda de oportunidades em mercados em rápido crescimento.
*Redução de riscos – sem administração com consciência ecológica, as empresas correm o risco de responsabilização por danos ambientais, que potencialmente envolvem imensas somas de dinheiro, e de responsabilização pessoal de diretores, executivos e outros integrantes de seus quadros. *Redução de custos – sem administração com consciência ecológica, serão perdidas numerosas oportunidades de reduzir custos.  *Integridade pessoal – sem administração com consciência ecológica, tanto os administradores como os empregados terão a sensação de falta de integridade pessoal, sendo, assim, incapazes de identificar-se totalmente com seu trabalho.
Alguns setores já assumiram tais compromissos com o novo modelo de desenvolvimento, ao incorporarem, nos modelos de gestão, a dimensão ambiental.

A gestão de qualidade empresarial passa pela obrigatoriedade de que sejam implantados sistemas organizacionais e de produção que valorizem os bens naturais, as fontes de matéria-prima, as potencialidades do quadro humano criativo, as comunidades locais, e devem iniciar o novo ciclo, onde a cultura do descartável e do desperdício seja coisas do passado. Atividades de reciclagem, incentivo à diminuição do consumo, controle de resíduo, capacitação permanentes dos quadros profissionais, em diferentes níveis e escalas de conhecimento, fomento ao trabalho em equipe e às ações criativas são desafios-chave neste novo cenário. Estes processos de produção de conhecimento têm oportunizado as práticas positivas e pró-ativas, que sinalizam o desabrochar de métodos e de experiências que comprovam, mesmo que em um nível ainda pouco disseminado, a possibilidade de fazer acontecer e tornar real o novo, necessário e irreversível, caminho de mudanças.

O PAPEL DO GESTOR AMBIENTAL


O papel de todo gestor é o de coordenar uma pesquisa que traga bens sociais e culturais a um setor. Formar gestores é fomentar a pesquisa, desenvolver idéias e criar discussões essenciais para a descoberta científica. Mas como toda profissão, o gestor precisa seguir códigos de ética. O gestor ambiental tem que levar em conta que a sua prática deve seguir respeitando o meio ambiente e a sociedade. Temas como sustentabilidade e preservação são os principais motivos que impulsionam a carreira de um gestor em busca de meio ambiente respeitado por todos. O gestor ambiental deve ter em mente várias idéias básicas capazes de compor sua atividade. Deve ter noção que o homem é uma fonte inesgotável de possibilidade, que a natureza e o meio ambiente sofrem com as alterações do homem, deve respeitar e agir de acordo com as leis que lhe são concedidas. Além disso, deve-se ter noção que o mundo hoje é uma aldeia global e que qualquer atitude, por menor que seja, afetará grandes proporções tanto na área científica quanto social. Por isso a razão da ética profissional existir. A ética nos guia no respeito ao próximo e a nós mesmos.
 Antes de tudo, devemos estar engajados na proposta que escolhemos, a de defender o meio ambiente. O futuro, com grandes desafios, propõe vários caminhos a seguir. Porém, apenas uma atitude é a mais recomendável seja qual for o caminho: a atitude ética. O gestor ambiental pode melhorar a imagem de pequenas empresas por exemplo. Hoje, com o aumento da preocupação com o meio ambiente e pela escolha dos clientes por empresas que investem na preservação da natureza, a imagem de uma empresa melhora bastante diante da sociedade quando se vê o trabalho de gestores ambientais dentro dela. O gestor ambiental além de ajudar a empresa com técnicas para não poluir o meio ambiente, acaba minimizando os resíduos eliminados através do aproveitamento de materiais e outras medidas. O gestor ambiental é aquele que deve gerar o projeto ambiental de uma empresa ou de uma Instituição. É de competência do gestor planejar e administrar programas de gerenciamento ambiental, implantação de certificados, controle de qualidade, etc. O profissional deve estar apto a manejar áreas rurais recorrendo a serviços especializados como agrônomos, veterinários etc. As principais atividades de um gestor são: participar na elaboração de relatórios sobre impactos ambientais (RIMA), documento indispensável da realização de grandes empreendimentos, controlar mecanismos de tratamento, estocagem etc, mediar a relação de empresas com organizações voltadas para a preservação do meio ambiente, orientar a assessoria de imprensa sobre os problemas a serem resolvidos, tomar medidas para que o impacto social e ecológico dos acidentes seja reduzido, assessorar empresas que pretendem obter certificados de excelência ambiental (ISO 14000), fornecer informações sobre a toxicidade dos produtos às agências públicas de fiscalização sanitária, participar no processo de compra de materiais incluindo exigências de qualidade e conceber programas de conscientização ambiental. É essencial que o gestor siga os códigos éticos propostos pela sociedade, pois os assuntos pela qual o gestor ambiental trata estão internamente ligados à mídia e à opinião pública.
Trabalhar com questões ambientais hoje em dia, num momento em que diariamente nos telejornais se encontram novas denúncias de madeireiras ilegais, intoxicação humana por poluição, derramamento de tóxicos em rios e lagos o gestor se torna um profissional visado, sempre questionado por suas atitudes. A ética na profissão de gestor é essencial para se construir planos reais de ação, de preservação, sempre buscando um diálogo entre a sociedade e o Estado.
Luciana Kester, 18 de fevereiro de 2011



 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Esclarecimento do Ibama sobre Belo Monte 

O Ibama esclarece abaixo pontos relativos ao licenciamento ambiental da usina Belo Monte, questionados em carta entregue à Presidência da República por representantes de organizações civis:
1) Sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) As falhas apontadas aos estudos de impactos ambientais não se aplicam aos recentes projetos hidrelétricos na Amazônia, especialmente os do rio Madeira e de Belo Monte.  As usinas do rio Madeira são obras de grande porte e a evolução das obras tem mostrado que os programas ambientais formulados a partir dos estudos ambientais apresentam grande eficiência no controle dos impactos ambientais.
Em relação à Belo Monte, o Estudo de Impacto Ambiental entregue ao Ibama é de alta qualidade, consolidando informações relativas ao aproveitamento do potencial hidrelétrico do rio Xingu, de acordo com estudos realizados por décadas.
Nesse sentido, é importante destacar que o projeto final de Belo Monte, aprovado pelo Ibama e leiloado pela ANEEL, é resultado de amplo trabalho de revisão voltada à minimização dos impactos ambientais.
2) Sobre as Audiências Públicas de Belo Monte O Ibama convocou a realização de audiências públicas tanto na fase de elaboração do Termo de Referência, que orienta a elaboração do EIA/RIMA, quanto na fase de avaliação da viabilidade ambiental com base no EIA/RIMA apresentado pelo empreendedor.  Na fase de viabilidade foram realizadas quatro audiências públicas, sendo três na área de influência do empreendimento e uma em Belém.  O Ibama avaliou os estudos ambientais e concluiu que eles se encontravam adequados para a realização das audiências, conforme a legislação em vigor.
As audiências foram registradas e integradas ao processo de licenciamento ambiental, e as discussões foram consideradas para a avaliação técnica do projeto.  Além disso, após as referidas audiências, o Ibama colheu diversas manifestações por escrito protocoladas pelos interessados no processo.  Todo o material subsidiou a elaboração da Licença Prévia pelo Ibama, a definição de condicionantes e programas ambientais.
Após a emissão da Licença Prévia, o Ibama ainda recebeu por mais de uma vez entidades da organização civil para discussões sobre os impactos em avaliação.  Na cidade de Altamira, foi realizada reunião ampliada com a participação de mais de 100 representantes da sociedade civil, incluindo a participação do Ministério Público Federal.  O Ibama também participou de audiência pública promovida no âmbito do Senado Federal, a qual também contou com a presença do Ministério Público Federal, além dos senadores da República integrantes da subcomissão de acompanhamento do projeto de Belo Monte.
3) Sobre politização do licenciamento ambiental As decisões do licenciamento ambiental são, por força da lei, fundamentadas em estudos ambientais apresentados pelo empreendedor e pareceres técnicos emitidos pelo órgão ambiental.  É preciso compreender que não existe decisão terminativa no processo de licenciamento.  Isto é, a qualquer momento é dado ao empreendedor o direito de reapresentar o projeto ao órgão ambiental e, uma vez promovidos ajustes e adequações no sentido de se reduzir ou controlar os impactos, é natural que a licença ambiental seja aprovada.  Foi o que ocorreu com o licenciamento de Belo Monte.  O empreendedor foi comunicado da necessidade de ajustes no projeto e, quando as demandas resultantes das análises técnicas foram atendidas e os impeditivos superados, o Ibama concedeu a Licença de Instalação para canteiros e atividades associadas.
4) Sobre o monitoramento dos impactos socioambientais dos empreendimentos licenciados O Ibama tem acompanhado de perto a evolução de empreendimentos, que é a fase em que geralmente ocorrem os principais impactos ambientais.  Esse acompanhamento tem sido fundamental para a construção controlada das usinas do rio Madeira, por exemplo, no acompanhamento dos programas sociais e no resgate de fauna.  Esse acompanhamento é feito tanto na forma de análise de relatórios periódicos, como com a presença do Ibama em campo, durante as vistorias.  Para Belo Monte o Ibama já destacou 18 técnicos para trabalhar no acompanhamento dos estudos e das obras.  Outros servidores serão envolvidos em vistorias e ações de fiscalização.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011



Código Florestal: proposta do governo permite plantio em área protegida, mas exclui anistia.

O Ministério do Meio Ambiente preparou uma proposta de flexibilização do Código Florestal para se contrapor ao projeto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que tem votação marcada para o próximo mês.  De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso à proposta do MMA, o projeto prevê o plantio em áreas de preservação permanente para a agricultura familiar, mas exclui qualquer tipo de anistia a desmatadores. 
Segundo a Folha, o texto do ministério é um contra-ataque ao argumento ruralista de que vai faltar comida para o brasileiro se o projeto de Rebelo não passar.  A proposta facilita a agricultura familiar em áreas proibidas pelo código atual, permite agricultura sazonal em várzeas, criação de gado em campos naturais e plantio em topos de morro de até 100 m de altura. 
O Ministério do Meio Ambiente quer impedir a aprovação do projeto de mudanças do deputado Aldo Rebelo, que prevê que áreas desmatadas até 2008 sejam isentas de multa.  A presidente Dilma Rousseff se comprometeu, durante a campanha eleitoral, a não anistiar desmatamentos, e encarregou a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira de costurar um consenso entre ambientalistas e ruralistas. 
Os ruralistas pressionam por mudanças imediatas do código devido a uma resolução do Conselho Monetário Nacional que só permite liberar crédito para propriedades que estejam em dia com a questão ambiental, que entra em vigor em junho. 
O Banco do Brasil, entretanto, já anunciou que só terá crédito quem cumprir estiver cumprindo o código.  De acordo com o deputado federal Marcos Montes (DEM-MG), em entrevista ao jornal, a lei atual criminaliza o setor agropecuário.  "Noventa e cinco por cento das propriedades brasileiras vão entrar na ilegalidade", disse.  O deputado, entretanto, admite negociar alguns pontos da lei para tentar chegar a um consenso com os ambientalistas.



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Belo Monte não tem estudo de impacto ambiental ????

 Belo Monte não tem estudo de impacto ambiental -


A vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, criticou, o empreendimento da hidrelétrica de Belo Monte por não contemplar um estudo de impacto ambiental que trate do componente humano.  Segundo explicou, a Resolução 001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é clara ao estabelecer que o estudo tem que contemplar o meio físico, biótico e antrópico.  Para ela, sem esses três componentes, não existe estudo de impacto ambiental.  A exposição foi feita durante o Seminário sobre a hidrelétrica de Belo Monte e a questão indígena, realizado na Universidade de Brasília (UnB).



Deborah Duprat explicou que a resolução do Conama foi visionária ao estabelecer a forma como deveria se desenvolver o processo de licenciamento ambiental, principalmente o estudo de impacto ambiental, e que a ordem estabelecida não é aleatória.  “Exatamente porque o homem é o centro das preocupações é que se vai analisar primeiro qual é o impacto no meio físico, como isso vai repercutir entre os animais, entre a vegetação e depois qual é a soma de todas essas repercussões na vida dos homens”, disse.
De acordo com a vice-procuradora-geral, no caso de Belo Monte, quando foram inauguradas as audiências públicas, não havia um estudo de impacto ambiental porque não havia um estudo sério e consistente sobre o meio antrópico.  Segundo afirmou, isso é uma farsa de todo o processo democrático que inspira o processo de licenciamento.  “Se as pessoas não sabem como vão ser atingidas, como elas vão fazer a crítica?”, questionou.  Para ela, ainda fala-se que os índios foram mal estudados no processo, enquanto os outros grupos não foram sequer estudados.

Ela explicou que, apesar de não ter estudo de impacto ambiental que trate do componente humano, passou-se para outro momento, como se fosse possível pular num empreendimento o estudo de impacto ambiental e passar a colocar questões humanas como condicionantes para as próximas licenças.  Conforme lembrou, isso foi sendo arrastado para um momento posterior até chegar, agora, à contrução de um canteiro central, trabalhando basicamente com a teoria do fato consumado, sem minimamente saber qual vai ser o impacto na vida de todos.
Água - Segundo Deborah Duprat, a Resolução Conama também estabelece que toda vez que o estudo tratar de recurso hídrico, deve considerar a bacia hidrográfica.  Ela disse que não há nenhum estudo sobre a bacia hidrográfica do Rio Xingu.  E lembrou que toda essa cautela não é porque a resolução estivesse preocupada com Belo Monte, já que é de 1986, mas porque a água é um recurso estratégico, escasso e em extinção.  Para ela, a preocupação é exatamente a de garantir que haja no futuro água para que todos possam matar a sede.  “E mesmo que entremos nessa lógica de mercado, talvez ter água e não ter empreendimento seja um grande trunfo”, declarou.
Dignidade - Deborah Duprat também criticou a afirmação de que as hidrelétricas representam a energia limpa.  “Como é que pode ser limpo um empreendimento que provoca degredo, fim de relações de compadrio, fim de relações de amizade e desestrutura culturalmente um grupo?  Considerar isso uma energia limpa é considerar o meio ambiente absolutamente dissociado das pessoas”, declarou.  De acordo com ela, isso está em contrariedade à Constituição, que é antropocêntrica e tem como grande princípio norteador o princípio da dignidade da pessoa humana.


SERÁ QUE VALE A PENA IR LONGE COM A AMBIÇÃO HUMANA, MEXER NA HARMONIA DAS COISAS, E CAUSAR GRANDES DANOS A HUMANIDADE??
ATÉ ONDE VAMOS CHEGAR?!!