domingo, 19 de dezembro de 2010

CRESCE O DESMATAMENTO



De acordo com os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados dia 10 de dezembro de 2010, a degradação florestal da Amazônia foi de 562 km² em outubro.  Em comparação com o mesmo mês de 2009, houve o aumento expressivo de 446%, quando a degradação somou 103 quilômetros quadrados.
O Imazon considera como florestas degradadas áreas florestais intensamente exploradas pela atividade madeireira ou por queimadas.
Segundo o Imazon, 59% da degradação aconteceu em Mato Grosso, seguido pelo Acre (17%), Rondônia (14%), Amazonas (5%) e Pará (4%).  A degradação florestal acumulada no período de agosto de 2010 a outubro de 2010 (três primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento) atingiu 2.617 quilômetros quadrados, um aumento de 244% na degradação florestal acumulada nesse período (agosto de 2010 a outubro de 2010) em relação ao mesmo período do ano anterior.
Desmatamento
Com o monitoramento de apenas 60% da área florestal, já que o restante estava coberto por nuvens, a devastação da floresta no mês de outubro, segundo o SAD, foi de 153km².  Se comparado ao mesmo mês do ano passado, a área desflorestada é 21% menor.
Como 56% do território do Pará não foi monitorado pela ocorrência de nuvens, o Estado campeão do desmatamento foi Rondônia, responsável por 34% da devastação detectada.  Amazonas foi o segundo, com 30%, seguido por Mato Grosso (16%), Pará e Acre, com 10% cada um.
Considerando os três primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto de 2010 a outubro de 2010), o Pará lidera o ranking com 34% do total desmatado no período.  Em seguida aparece Mato Grosso com 24%, Amazonas com 16% e Rondônia com 16%.
Comparando o desmatamento ocorrido em agosto de 2010 a outubro de 2010 com o mesmo período do ano anterior (agosto de 2009 a outubro de 2009), houve uma redução de 22% no desmatamento na Amazônia Legal.

Emissão de CO²
O desmatamento detectado em outubro, 153 quilômetros quadrados, comprometeu 2,6 milhões de toneladas (com margem de erro de 385 mil toneladas) de carbono.  Essa quantidade de carbono afetada resulta em 9,5 milhões de toneladas de CO equivalente.  Essa quantidade é 20% menor do que a diagnosticada em outubro de 2009, quando o carbono florestal afetado foi de 3,2milhões de toneladas.
No período de agosto de 2010 a outubro de 2010, o carbono florestal comprometido pelo desmatamento foi de 8,6 milhões de toneladas (com margem de erro de 190 mil toneladas), o que representou cerca de 31,6 milhões de toneladas de CO equivalente.


COP 16: Povo Suruí lança primeiro fundo de carbono indígena - 09/12/2010


Apesar do pessimismo mundial frente à falta de acordos e compromissos dos países com o clima mundial, que antecedeu à 16° Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16), em Cancún (México), algumas organizações não governamentais e entidades brasileiras vêem no evento uma excelente oportunidade de apresentar projetos de melhoria e soluções sustentáveis ao meio ambiente. A Equipe de Conservação da Amazônia (ACT Brasil), a Forest Trends, o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Susutentável do Amazonas (Idesam), o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé), juntos com a Associação Metareilá dos Povos Indígenas Suruí lançaramno dia 03 de dezembro de 2010, o Fundo Carbono Suruí, projeto de desenvolvimento sustentável e fortalecimento cultural aos povos da Terra Indígena Sete de Setembro (RO). A iniciativa faz parte do Projeto Carbono Suruí, desenvolvido desde 2007 pelas organizações, que tem por objetivo financiar atividades de proteção, fiscalização, produção sustentável e melhoria da capacidade local dos indígenas, a partir da comercialização de créditos de carbono. Como resultado espera-se a conservação ambiental e o fortalecimento cultural. A criação do Fundo, feita por sugestão dos indígenas, permite o início da comercialização dos créditos e consequente benefícios às comunidades Suruís. Os indígenas serão os responsáveis pela gestão financeira e implantação do Plano de Gestão da Terra Indígena Sete de Setembro. Os recursos obtidos pela venda dos créditos de carbono e os provenientes de outras fontes serão parte integrantes do Fundo Suruí. "É importante ressaltar que todo recurso financeiro obtido pelo projeto com a venda dos créditos de carbono será revertido para o povo Suruí e para a implementação do projeto. As organizações parceiras somente dão suporte técnico à realização do Carbono Suruí. 
O projeto utiliza duas formas de compensação de carbono de maior relevância: o desmatamento evitado e conservação por estoques de carbono, medido pela Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+); e o seqüestro de carbono, a partir do reflorestamento. "O lançamento do Fundo na COP-16 é muito propício no atual cenário mundial, ainda mais quando grande parte das discussões abordarão a implementação do REDD+ no Brasil e no mundo. De acordo com o coordenador da Metareilá, Almir Suruí, o pagamento por serviços ambientais, especialmente a comercialização de créditos de carbono, representa uma alternativa nova e promissora para o povo Suruí. "Essa é a peça-chave do projeto que desde o seu início primou por um procedimento voltado à necessidade da comunidade Suruí de se apropriar dos conceitos e técnicas utilizados no mercado de carbono. Uma opção a mais para trazer novos rumos à gestão etnoambiental das terras indígenas", avalia.
Floresta Suruí em 3D
Além do lançamento do Fundo, Cancún foi palco da apresentação, junto ao Google Earth, do novo projeto Floresta Suruí em 3D, a partir da nova tecnologia 6.0. O objetivo é possibilitar ao usuário um tour tridimensional pela Terra Indígena Sete de Setembro a partir da recriação precisa de plantas e animais pertencentes à fauna e flora da região. Atualmente, o programa permite que o usuário localize na internet o território indígena e, por meio de ícones, obtenha informações a respeito dos costumes, das matas, dos rios, das estradas de terra, dos conflitos e dos desmatamentos que acontecem dentro da terra. As informações foram disponibilizadas na internet por meio do trabalho de mapeamento cultural, desenvolvido pela ACT Brasil.


LICENÇA PARA O LINHÃO



O consórcio IE Madeira, responsável pela construção de uma das linhas de transmissão que vão ligar as hidrelétricas do rio Madeira (RO) ao Sudeste, já contratou a maior parte dos materiais e equipamentos necessários para tocar a obra.  A preocupação do consórcio é estar com tudo pronto para entrar em ação quando o projeto obtiver a licença de instalação.
Depois de quatro meses de atraso, foi liberada pelo Ibama a licença prévia para a construção das linhas de transmissão.  A licença emitida na semana passada, e publicada no "Diário Oficial da União", trata da construção de uma rede de 2.369 km de extensão, além da construção de duas estações - retificadora e emissora - em Porto Velho e Araraquara.  O "linhão" do Madeira ligará as usinas Jirau e Santo Antônio ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A demora na liberação das licenças atrapalhou o cronograma previsto nos contratos de concessão assinados com o consórcio IE Energia, liderado pela Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) e responsável pela construção de uma das linhas do projeto, em parceria com Furnas e Chesf.  Outra linha, também com extensão de 2.369 km, será tocada pelo Norte Transmissora de Energia, consórcio formado por Abengoa Brasil, Eletrobras Eletronorte e Eletrobras Eletrosul.
O investimento previsto pelo consórcio é de cerca de R$ 3 bilhões.  No mês passado, durante divulgação de resultados financeiros.  O linhão, leiloado em novembro de 2008, tinha previsão de receber a licença até, no máximo, agosto deste ano.  Se o prazo fosse cumprido, a rede entraria em operação em fevereiro de 2012.  Agora a previsão é junho do mesmo ano.
O interesse dos consórcios em cumprir o prazo está ligado à rentabilidade das obras, cujo prazo de concessão é de 30 anos.  Quanto mais cedo entram em operação, mais a receita é antecipada.  Essa é também a preocupação dos consórcios que trabalham na construção nas hidrelétricas.  Em Jirau, o plano é iniciar a oferta de energia em março de 2012, um ano antes do prazo inicial.  A antecipação também é meta da usina Santo Antônio, que pretende ligar a primeira turbina em dezembro de 2011.


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Parece absurdo, todos podem dizer que sabem, porém faço a minha parte passando a vocês algumas dicas sobre preservação:

1. Não corte, nem pode árvores sem autorização. Poda drástica é PROIBIDA!!
2. Preserve a vegetação nativa. Não desmate! Não coloque fogo!
3. Não altere cursos d’água ou banhados, eles são protegidos por lei. Poços artesianos somente com autorização.
4. Não crie peixes sem licença. Nunca solte peixes nos rios, mesmo quando estiver bem intencionado.
5. Respeite os períodos de proibição da pesca.
6. Não compre, nem tenha animais silvestres em casa.
7. Não maltrate animais silvestres ou domésticos.
8. Separe o lixo em casa e no trabalho, e coloque na rua no dia da coleta seletiva em seu bairro.
9. Não jogue lixo no chão. Carregue-o até a lixeira mais próxima. Ensine às crianças dando exemplo.
10. Recicle ou reaproveite tudo o que puder.
11. Reduza o consumo, especialmente do que não puder ser reaproveitando ou reciclado.
12. Mantenha seu veículo regulado e ande mais a pé.
13. Não contribua com a poluição sonora e/ou visual.
14. Use menos veneno em sua lavoura ou horta.
15. Não jogue óleos lubrificantes na sua rede de esgoto.
16. Não desperdice água. Esse é um dos recursos mais importantes e frágeis do planeta: feche torneiras, conserte vazamentos, não use mangueiras para lavar calçadas, aproveite água de chuva.
17. Não desperdice energia elétrica: desligue aparelhos, verifique sobrecargas, apague as luzes.
18. Ensine às crianças amor e respeito pela natureza.
19. Cuide da higiene e da sua saúde!
20. Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente.


Façamos a nossa parte...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tentando aprovar mudanças no Código Florestal 
Os líderes partidários em mobilização tentam aprovar as mudanças no Código Florestal ainda neste ano. 
O texto prevê a ampliação da autonomia dos estados para legislar sobre meio ambiente, acaba com a obrigatoriedade de reserva legal por parte das pequenas propriedades e anistia quem cometeu crime ambiental até julho de 2008.  O embate entre ambientalistas e ruralistas em torno do tema tem adiado a apreciação da matéria.
O debate é sempre importante, mas creio que, ao mesmo tempo, a Câmara também precisa adotar providências principalmente sobre coisas imediatas: 90% dos proprietários rurais estão na ilegalidade, submetidos a sanções do Ministério Público, da Polícia Florestal.  São pessoas que vivem dentro da lei, mas que, por uma legislação ambiental muito rigorosa, acabam sendo tratadas como criminosos. O Observatório do Clima (rede que reúne 36 ONGs ambientalistas e movimentos sociais) divulgou um estudo sobre o impacto das mudanças do Código Florestal nas metas do Brasil de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa entre 36% e 38% até 2020. "Se formos somar essas alterações, isso tudo junto teria um potencial de emissão de gases do efeito estufa de cerca de 25,5 bilhões de toneladas de CO2 equivalente.  Só para se ter uma referência, em 2007, o Brasil emitiu, no ano, 1,9 bilhões de toneladas.  Então, a gente está falando que o substitutivo, no pior cenário, poderia abrir um potencial de emissão de cerca de 13 vezes todas as emissões do Brasil, tomando como base o ano de 2007". Para alguns partidários a atual legislação ambiental brasileira é inexeqüível e precisa de ajustes para adequá-la às desigualdades sociais, econômicas e geográficas do Brasil.  Deve-se superar o antagonismo entre meio ambiente e agricultura e voltou a rebater as insinuações de ter beneficiado apenas o agronegócio.

"A renda no campo é pequena.  Nem todo mundo tem 200 mil hectares de soja; 90% é um a três salário mínimos.  E fica muita gente dizendo que é tudo ruralista: esse tipo de coisa é um crime, ou é má-fé ou é uma indiferença grande".

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Reforma do Código Florestal reduzirá estoques potenciais de 7 bilhões de toneladas de carbono - 23/11/2010





Conforme eu li no site da WWF BRASIL, os dados preliminares de estudo do Observatório do Clima estimam que, se forem aprovadas as alterações no Código Florestal conforme o substitutivo proposto pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), há um risco potencial de quase 7 bilhões de toneladas de carbono acumuladas em diversos tipos de vegetação nativa a serem lançadas na atmosfera.  Isto representaria 25,5 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa, mais de 13 vezes as emissões do Brasil no ano de 2007.
Um dos dispositivos propostos no Projeto de Lei 1876/99 que altera o Código Florestal trata da isenção de manter e recuperar a reserva legal em pequenas propriedades rurais (até quatro módulos fiscais).  A isenção também se aplica ao equivalente a quatro módulos em grandes e médias propriedades.  Tal medida é a que tem maior impacto potencial nas emissões de gases do efeito estufa e deixaria uma área total de 69,2 milhões hectares sem proteção da reserva legal, área maior que o estado de Minas Gerais.

Segundo o levantamento do Observatório do Clima, o estoque potencial estimado de carbono nestas áreas é de 6,8 bilhões de toneladas, correspondendo a um volume de gases do efeito estufa de 25 bilhões de toneladas de CO2eq (gás carbônico equivalente).
Uma segunda modificação importante prevê a redução de 30 metros para 15 metros na área de preservação de matas ciliares em rios com até 5 metros de largura.  Esta mudança faria com que os seis biomas brasileiros deixassem de estocar 156 milhões de toneladas de carbono, correspondendo a mais de 570 milhões de toneladas de CO2eq, numa área de 1,8 milhão de hectares, o equivalente a mais de 2 milhões de campos de futebol.
As modificações podem comprometer gravemente a meta brasileira de redução de emissões estipulada na Política Nacional de Mudanças Climáticas.  O Brasil assumiu ano passado, em Copenhague, o compromisso de cortar aproximadamente 1 bilhão de toneladas de suas emissões de gases no ano de 2020.

Eu e a Gestão Ambiental...


Os principais agentes do desenvolvimento econômico de um país são as empresas, onde seus avanços tecnológicos e a grande capacidade de geração de recursos fazem com que cada vez mais precisem de ações cooperativas e integradas onde possam desenvolver processos que tem por objetivo a Gestão Ambiental e a Responsabilidade Social.
As empresas socialmente responsáveis, deverão ter uma postura ética onde o respeito da comunidade passa a ser um grande diferencial. O reconhecimento destes fatores pelos consumidores e o apoio de seus colaboradores faz com que se crie vantagens competitivas e, consequentemente, atinja maiores níveis de sucesso.
A responsabilidade empresarial frente ao meio ambiente é centrada na analise de como as empresas interagem com o meio em que habitam e praticam suas atividades, dessa forma, uma empresa que possua um modelo de Gestão Ambiental já está correlacionada à responsabilidade social. Tais eventos irão de certa forma interagir com as tomadas de decisões da empresa, tendo total importância na estratégia empresarial.
Assim, a Gestão Ambiental e a Responsabilidade Social são atualmente condicionadas pela pressão de regulamentações e pela busca de melhor reputação perante a sociedade. A sociedade atual está reconhecendo a responsabilidade ambiental e social como valor permanente, consideradas fatores de avaliação e indicadores de preferência para investidores e consumidores.
Os investimentos destinados a Gestão Ambiental e a consciência da Responsabilidade Social pelas empresas são aspectos que fortalecerão a imagem positiva das organizações diante dos mercados em que atuam dos seus colaboradores, concorrentes e fornecedores.

Em 1.988 nossa Lei Fundamental, pela primeira vez na história, abordou o tema meio ambiente, dedicando a este um capítulo, que contempla não somente seu conceito normativo, ligado ao meio ambiente natural, como também reconhece suas outras faces: o meio ambiente artificial, o meio ambiente do trabalho, o meio ambiente cultural e o patrimônio genético, também tratados em diversos outros artigos da Constituição.
O Art. 225 exerce na Constituição o papel de principal norteador do meio ambiente, devido a seu complexo teor de direitos, mensurado pela obrigação do Estado e da Sociedade na garantia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, já que se trata de um bem de uso comum do povo que deve ser preservado e mantido para as presentes e futuras gerações.
Artigos Constitucionais dedicados ao meio ambiente ou a ele vinculados:
  • Art. 5º : XXIII; LXXI; LXXIII
  • Art. 20: I; II; III; IV; V; VI; VII; IX; X; XI e § § 1º e 2º
  • Art. 21: XIX; XX; XXIII a, b e c; XXV
  • Art. 22: IV; XII; XXVI
  • Art. 23: I;III; IV; VI; VII; IX; XI
  • Art. 24: VI; VII; VIII
  • Art. 43: § 2º, IV e §3º
  • Art. 49: XIV; XVI
  • Art. 91: § 1º, III
  • Art. 129: III
  • Art. 170: IV
  • rt. 174: §§ 3º e 4º
  • Art. 176 e §§
  • Art 182 e §§
  • Art. 186
  • Art. 200: VII; VIII
  • Art. 216: V e §§ 1º, 3º e 4º
  • Art. 225
  • Art. 231
  • Art. 232
  • Arts. 43 e 44 do ADCT
A Constituição, além de consagrar a preservação do meio ambiente, anteriormente protegido somente a nível infraconstitucional, procurou definir as competências dos entes da federação, inovando na técnica legislativa, por incorporar ao seu texto diferentes artigos disciplinando a competência para legislar e para administrar. Essa iniciativa teve como objetivo promover a descentralização da proteção ambiental. Assim, União, Estados, Municípios e Distrito Federal possuem ampla competência para legislarem sobre matéria ambiental, apesar de não raro surgem os conflitos de competência, principalmente junto às Administrações Públicas.
Somente pode ser exercida pela União, salvo mediante edição de Lei Complementar que autorize os Estados a legislarem sobre as matérias relacionadas com as águas, energia, populações indígenas, jazidas e outros recursos minerais, além das atividades nucleares de qualquer natureza.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
IV- águas, energia, informática, telecomunicações e radiofusão;
XII- jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XXVI- atividades nucleares de qualquer natureza;
Parágrafo Único: Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas a este artigo.
O Art. 23 concede à União, Estados, Municípios e o Distrito Federal competência comum, pela qual os entes integrantes da federação atuam em cooperação administrativa recíproca, visando alcançar os objetivos descritos pela própria Constituição. Neste caso, prevalecem as regras gerais estabelecidas pela União, salvo quando houver lacunas, as quais poderão ser supridas, por exemplo, pelos Estados, no uso de sua competência supletiva ou suplementar.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
III- proteger os documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV- impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural;
VII- preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII- fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX- promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
X- combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI- registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais e m seus territórios;
Parágrafo Único: Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem- estar em âmbito nacional.
Implica no estabelecimento de moldes pela União a serem observados pelos Estados e Distrito Federal.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
VI- florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção ao meio ambiente e controle da poluição;
VII- proteção ao patrimônio histórico, artístico, turístico e paisagístico;
VIII- responsabilidade por dano meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, turístico e paisagístico.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
A Constituição estabelece que mediante a observação da legislação federal e estadual, os Municípios podem editar normas que atendam à realidade local ou até mesmo preencham lacunas das legislações federal e estadual (Competência Municipal Suplementar).
Art. 30. Compete aos Municípios:
I- legislar sobre assuntos de interesse local;
II- suplementar a legislação federal e a estadual no que
III- couber;

TUDO EM NOME DO PROGRESSO???


Todos sabem que as usinas Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, são as famosas ameaças ao bagres da região, poderem outra usina que causa problemas é a de Belo Monte  que pode ganhar fama deviso ameaçar às tartarugas-da-Amazônia, “tracajás”. Milhares de tartarugas nascem na região e precisam da praia do Juncal, no rio Xingu, Pará, para sua reprodução. O Tabuleiro do Embaubal, hoje o maior local de desova de tartarugas das Américas, está ameaçado.  São três os principais riscos.  O primeiro deles é o aumento das grandes cheias e secas, cada vez mais intensas na Amazônia e possivelmente ocasionadas pelas mudanças do clima.  O segundo é a caça predatória e ilegal.  Tanto as tartarugas quanto seus ovos ainda são muito consumidos em toda a região amazônica, principalmente em áreas com pouco apelo turístico, onde os animais vivos têm pouco valor.  O terceiro, e talvez mais ameaçador, é a construção da usina Belo Monte nas redondezas.

Se a usina Belo Monte for mesmo construída, é possível que haja retenção de sedimentos.  Com o passar dos anos, isso poderia comprometer a permanência das praias e das ilhas fluviais, onde os animais ficam no inverno.  O tabuleiro é uma área muito frágil e precisa de acompanhamento efetivo.  Sob a pena de sofrer perdas desastrosas da biodiversidade, com consequencias para a Amazônia nacional e internacional. De cada mil Tartarugas da Amazônia nascidas, apenas duas sobrevivem na natureza.  A espécie consegue colocar mais de cem ovos em cada ninho, mas pouquíssimas chegam à idade adulta.  Por isso a importância de conservar suas áreas de reprodução.  É necessário proteger o berçário dos quelônios da Amazônia.. Para chamar a atenção da sociedade, a organização ambiental WWF-Brasil lançou o vídeo “Tabuleiro do Embaubal e os quelônios da Amazônia”, acessem esse vídeo que está disponível no youtube e também no site da WWF BRASIL. 



Link do vídeo

Luciana Kuster Kipert

sábado, 20 de novembro de 2010

Madeira da Amazônia

 Cabe a cada cidadão se informar que para cada dez arvores que são derrubadas na Amazônia, sete destas são descartadas como resíduos e vão parar na lata de lixo. Simplesmente acaba-se com um bem comum por ganância e depois de nada tem-se proveito. Precisamos pensar antes de agir, para não ter maiores conseqüências em todas as situações.

 De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o principal problema é o processamento dessa madeira.  Feito praticamente de forma artesanal e com baixa tecnologia, apenas 30% das toras é aproveitado.  Essa fatia representa a parte mais nobre da árvore.
O resto, na forma de serragem e de sobras, é descartado.  Não se acaba com esse problema estancando o desmatamento, se cada um perceber que tudo o que se faz hoje se reflete no futuro pensariam, e perceberiam que preservar a nossa Amazônia, não é questão ecológica e sim de sobrevivência da raça humana, para com um todo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Visitar PORTO ROLIM é entender verdadeiramente o sentido da vida, vivendo momentos únicos e inesquecíveis que só a localidade oferece

Visita a Rolim de Moura do Guaporé


      No último dia 13 de novembro, nós acadêmicos de Gestao Ambiental, fomos a uma aula de campo, no distrito de Porto Rolim, acompanhados pelo nosso Mestre Professor Marcelo R. dos Anjos. A viagem foi divertida, saímos de Cacoal às 4h40min da manhã, sendo que viajamos por quase sete horas de ônibus e depois mais uma hora e meia de chalana até chegar a Rolim de Moura do Guaporé é um distrito do município de Alta floresta, mais conhecido por PORTO ROLIM com cerca de 1.500 hectares de ilha, que teve o início de sua colonização após a criação da primeira capital do Mato Grosso (Vila Bela da Santíssima Trindade), foi um antigo seringal no auge do ciclo da borracha e seus primeiros habitantes na época era formada por seringalistas, descendentes de quilombolas e índios. Esta localizado as margens da foz do rio Mequéns que é um dos maiores berçários de peixes do mundo se unindo ao rio Guaporé dentro do parque estadual de Corumbiara fazendo divisa com nosso país vizinho Bolívia, distante da capital Porto Velho cerca de 800 Km, com acesso via terrestre pela BR-364 com 650 Km em vias asfaltadas e 150 Km em vias de chão, por Cacoal são cerca de 400 Km de distância de Porto Rolim, e fluvial partindo do município de Pimenteiras do Oeste, pelo rio Guaporé e seu braço que deságua no rio Mequéns, em frente a Porto Rolim, numa distância de aproximadamente 250 km.
        Hoje é um dos pontos turísticos mais desejados do Estado pelos amantes da pesca esportiva, devido a variedade de peixes que se encontra na região onde podemos citar algumas dessas espécies como: tucunarés, piaus, pacu, piranha, matrinxãs, jatuaranas, tambaquis, pirapitingas, pirarara, pintados, apapás, cachorras, cacharas, surubim, capararis dentre outras, atraindo assim, turistas de todas as partes do Brasil e do mundo para esse tipo de atividade esportiva.
        A pesca esportiva não é a única atração de Porto Rolim, encantam também suas belezas naturais, a fauna, a flora, sua comida caseira, a hospitalidade de sua gente simples, espontânea e sempre pronta para largar o que está fazendo para atender quem chega.

         Porto Rolim possui hoje cerca de 700 habitantes com 94 famílias na maioria jovens e crianças, uma comunidade indígena (SACARABIA) algumas famílias tradicionais como a Zaballa, a Quintão, a Faudin e a  Magipo, o vilarejo ainda possui 03 igrejas (uma católica e duas evangélicas), uma escola ANA NERY (com ensino fundamental e médio), tendo como diretora a simpática Professora Luciana. Porto Rolim possui também um posto de saúde (com 02 auxiliar de enfermagem e 02 agentes de saúde).


Existe no lugar um ginásio de esportes, um posto da  policia ambiental em parceira com a Sedam (com 08 policias), uma associação  Ecológica Comunitária de Conservadores do Rio Guaporé e seus Afluentes (ECOMEG), um posto da IDARON, uma usina de energia, antena de telecomunicação da embratel, cinco pousadas (POUSADA PARAÍSO, POUSADA DA DONA TÍCA, POUSADA GUAPORÉ, POUSADA DO CHARLES, POUSADA DO MAGIPO com total de 80 leitos), 02 barcos de turismo ( do NANGA e do ASPLENIO com capacidade para 08 turistas cada), 35 voadeiras (com total segurança e pilotos habilitados pela marinha), um campo de futebol e pequenos comércios. As opções de lazer são a pesca esportiva, os passeios de barco pelos rios Mequéns e Guaporé e os bailes realizados nos finais de semana.

Em Porto Rolim o turista se depara com um cenário repleto de matas nativas, águas calmas, pássaros e peixes de várias espécies. Os animais podem ser vistos nas margens do rio, geralmente fugindo da proximidade dos curiosos. Os botos cor-de-rosa são os mais sociáveis. Em alguns momentos eles demonstram estar se exibindo para os visitantes.
Em terra, a principal opção é conhecer a história e o modo de vida dos moradores que nasceram na pequena localidade. Ladislau Gomes, 78 anos, é um dos mais procurados pelos que vem de fora, quando o assunto é conhecer o surgimento de Porto Rolim e a história de sua gente. Ele conta que ao contrário de muitas outras pessoas que nasceram no local, preferiu ficar e aguardar o progresso. Outro bom contador de histórias é Gervazio Gonçalves, de 70 anos. Ele já foi picado por cobra e teve que enfrentar onças e jacarés. O velho homem sempre diz: “Que foi o jacaré que escapou dele”. O Sr. Gervazio contou que o ataque de um jacaré, durante uma pescaria, foi a situação mais perigosa que já enfrentou. O animal só não conseguiu matá-lo, porque ao morder sua perna, abocanhou também uma árvore que estava ao seu lado e acabou não conseguindo fechar a boca.
Claudionor José Dias, “Fumaça”, está a cinco anos na localidade e há dois, administra o estacionamento que dá acesso ao rio, na chegada de Porto Rolim. Cobrando 10 reais a diária, ele e um funcionário cuidam dos veículos dos turistas dia e noite. Fumaça trabalha também na orientação do visitante em relação às opções turísticas da região.
União de forças 
Em Porto Rolim as entidades de classe realmente unem forças. A Polícia Militar Ambiental trabalha junto com a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e com a Associação Ecológica Comunitária de Conservadores do Rio Guaporé e seus Afluentes (Ecomeg), criada recentemente por moradores locais. O objetivo do trabalho em conjunto é defender a preservação ambiental e incentivar o turismo.
Estrutura oferecida
A opção mais segura para o visitante é manter contato com a Ecomeg, pelo telefone 69 3646 3019. A associação cuida de tudo para o turista, providenciando inclusive barco e piloto. O custo é de 140 reais a diária do barco, com motor e piloteiro. 
Para falar de Porto Rolim eu ficaria muito tempo, porém apenas palavras não expressam a maravilhosa experiência de conhecer aquele pequeno distrito de beleza inigualável. 

Visitar PORTO ROLIM é entender verdadeiramente o sentido da vida, vivendo momentos únicos e inesquecíveis que só a localidade oferece..


Luciana Kuster Kipert

Uma simples atitude...



Em uma experiência de pouco mais de um mês, sendo estagiaria da ARPACRE, e indo a campo em parceria com a IDARON de Cacoal, pude constatar que o uso de agrotóxicos está diminuindo em nossa cidade. Nas coletas de embalagens pelas associações rurais de nosso município os agricultores alegam que estão deixando os agrotóxicos e buscando um meio menos prejudicial a saúde e ao meio ambiente. Segundo eles muitos estão trocando o “veneno”, pelas modernas roçadeiras. Se a informação for verídica está é uma atitude que todos aos poucos devem tomar, devem perceber que a natureza pede socorro e que os produtos químicos devastam e não ajudam, pois no determinado momento pode anemizar o problema, mas no futuro as conseqüências são nítidas aos olhos de quem pode perceber. Em parceria com as pessoas podemos tomar atitudes, basta querer e reconhecer o problema.

Luciana Kuster

sábado, 23 de outubro de 2010

ARMAZENAMENTO DE EMBALAGENS

AGROTÓXICOS

Quando armazenados corretamente, os agrotóxicos (produtos fitossanitários) oferecem pouco risco à saúde das pessoas e ao meio ambiente. As informações a seguir são essenciais para manter estes riscos em níveis bem reduzidos.
O armazenamento correto dos agrotóxicos pode ser feito na origem (fábrica), no intermediário (comércio) e no destino final (propriedade agrícola). Este último é o que nos interessa mais de perto. Na Propriedade Rural, mesmo para guardar as embalagens vazias lavadas, algumas regras básicas devem ser observadas para garantir o armazenamento seguro. O depósito da foto acima, destina-se à guarda temporária das embalagens vazias, antes que sejam devolvidas ao fabricante.
Os usuários/agricultores devem armazenar as embalagens nas suas propriedades temporariamente, até no máximo um ano, a partir da data de sua aquisição, obedecidas as condições citadas abaixo:
a) As embalagens lavadas deverão ser armazenadas com as suas respectivas tampas e rótulos e, preferencialmente, acondicionadas na caixa de papelão original, em local coberto, ao abrigo de chuva, ventilado ou no próprio depósito das embalagens cheias;
b) Nunca armazenar as embalagens, lavadas ou não, dentro de residências ou de alojamentos de pessoas ou animais;
c) Nunca armazenar as embalagens junto com pessoas, animais, medicamentos, alimentos ou rações; e
d) Certificar-se de que as embalagens estejam adequadamente lavadas e com o fundo perfurado, evitando assim a sua reutilização.


Observar o Tipo da Embalagem



As embalagens flexíveis primárias (que entram em contato direto com as formulações de agrotóxicos) como: sacos ou saquinhos plásticos, de papel, metalizados ou mistos deverão ser acondicionadas em embalagens padronizadas (sacos plásticos transparentes) todas devidamente fechadas e identificadas, que deverão ser adquiridas pelos usuários nos canais de comercialização de agrotóxicos.
As embalagens flexíveis secundárias, não contaminadas, como caixas coletivas de papelão, cartuchos de cartolina e fibrolatas, deverão ser armazenadas separadamente das embalagens contaminadas e poderão ser utilizadas para o acondicionamento das embalagens lavadas ao serem encaminhadas para as unidades de recebimento.
As embalagens rígidas primárias (cujos produtos não utilizam água como veículo de pulverização) deverão ser acondicionadas em caixas coletivas de papelão todas devidamente fechadas e identificadas. Ao acondicionar, estas deverão estar completamente esgotadas, adequadamente tampadas e sem sinais visíveis de contaminação externa.
Todas as embalagens não laváveis deverão ser armazenadas em local isolado, identificado com placas de advertência, ao abrigo das intempéries, com piso pavimentado, ventilado, fechado e de acesso restrito. Poderão ser armazenadas no próprio depósito das embalagens cheias, desde que devidamente identificadas e separadas das embalagens lavadas.
As embalagens são classificadas de acordo com o material que são produzidas  e podem ser eles:  Coex ou EV PE, e também PEAD ou HPDE.
IDENTIFICAÇÃO