sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Visitar PORTO ROLIM é entender verdadeiramente o sentido da vida, vivendo momentos únicos e inesquecíveis que só a localidade oferece

Visita a Rolim de Moura do Guaporé


      No último dia 13 de novembro, nós acadêmicos de Gestao Ambiental, fomos a uma aula de campo, no distrito de Porto Rolim, acompanhados pelo nosso Mestre Professor Marcelo R. dos Anjos. A viagem foi divertida, saímos de Cacoal às 4h40min da manhã, sendo que viajamos por quase sete horas de ônibus e depois mais uma hora e meia de chalana até chegar a Rolim de Moura do Guaporé é um distrito do município de Alta floresta, mais conhecido por PORTO ROLIM com cerca de 1.500 hectares de ilha, que teve o início de sua colonização após a criação da primeira capital do Mato Grosso (Vila Bela da Santíssima Trindade), foi um antigo seringal no auge do ciclo da borracha e seus primeiros habitantes na época era formada por seringalistas, descendentes de quilombolas e índios. Esta localizado as margens da foz do rio Mequéns que é um dos maiores berçários de peixes do mundo se unindo ao rio Guaporé dentro do parque estadual de Corumbiara fazendo divisa com nosso país vizinho Bolívia, distante da capital Porto Velho cerca de 800 Km, com acesso via terrestre pela BR-364 com 650 Km em vias asfaltadas e 150 Km em vias de chão, por Cacoal são cerca de 400 Km de distância de Porto Rolim, e fluvial partindo do município de Pimenteiras do Oeste, pelo rio Guaporé e seu braço que deságua no rio Mequéns, em frente a Porto Rolim, numa distância de aproximadamente 250 km.
        Hoje é um dos pontos turísticos mais desejados do Estado pelos amantes da pesca esportiva, devido a variedade de peixes que se encontra na região onde podemos citar algumas dessas espécies como: tucunarés, piaus, pacu, piranha, matrinxãs, jatuaranas, tambaquis, pirapitingas, pirarara, pintados, apapás, cachorras, cacharas, surubim, capararis dentre outras, atraindo assim, turistas de todas as partes do Brasil e do mundo para esse tipo de atividade esportiva.
        A pesca esportiva não é a única atração de Porto Rolim, encantam também suas belezas naturais, a fauna, a flora, sua comida caseira, a hospitalidade de sua gente simples, espontânea e sempre pronta para largar o que está fazendo para atender quem chega.

         Porto Rolim possui hoje cerca de 700 habitantes com 94 famílias na maioria jovens e crianças, uma comunidade indígena (SACARABIA) algumas famílias tradicionais como a Zaballa, a Quintão, a Faudin e a  Magipo, o vilarejo ainda possui 03 igrejas (uma católica e duas evangélicas), uma escola ANA NERY (com ensino fundamental e médio), tendo como diretora a simpática Professora Luciana. Porto Rolim possui também um posto de saúde (com 02 auxiliar de enfermagem e 02 agentes de saúde).


Existe no lugar um ginásio de esportes, um posto da  policia ambiental em parceira com a Sedam (com 08 policias), uma associação  Ecológica Comunitária de Conservadores do Rio Guaporé e seus Afluentes (ECOMEG), um posto da IDARON, uma usina de energia, antena de telecomunicação da embratel, cinco pousadas (POUSADA PARAÍSO, POUSADA DA DONA TÍCA, POUSADA GUAPORÉ, POUSADA DO CHARLES, POUSADA DO MAGIPO com total de 80 leitos), 02 barcos de turismo ( do NANGA e do ASPLENIO com capacidade para 08 turistas cada), 35 voadeiras (com total segurança e pilotos habilitados pela marinha), um campo de futebol e pequenos comércios. As opções de lazer são a pesca esportiva, os passeios de barco pelos rios Mequéns e Guaporé e os bailes realizados nos finais de semana.

Em Porto Rolim o turista se depara com um cenário repleto de matas nativas, águas calmas, pássaros e peixes de várias espécies. Os animais podem ser vistos nas margens do rio, geralmente fugindo da proximidade dos curiosos. Os botos cor-de-rosa são os mais sociáveis. Em alguns momentos eles demonstram estar se exibindo para os visitantes.
Em terra, a principal opção é conhecer a história e o modo de vida dos moradores que nasceram na pequena localidade. Ladislau Gomes, 78 anos, é um dos mais procurados pelos que vem de fora, quando o assunto é conhecer o surgimento de Porto Rolim e a história de sua gente. Ele conta que ao contrário de muitas outras pessoas que nasceram no local, preferiu ficar e aguardar o progresso. Outro bom contador de histórias é Gervazio Gonçalves, de 70 anos. Ele já foi picado por cobra e teve que enfrentar onças e jacarés. O velho homem sempre diz: “Que foi o jacaré que escapou dele”. O Sr. Gervazio contou que o ataque de um jacaré, durante uma pescaria, foi a situação mais perigosa que já enfrentou. O animal só não conseguiu matá-lo, porque ao morder sua perna, abocanhou também uma árvore que estava ao seu lado e acabou não conseguindo fechar a boca.
Claudionor José Dias, “Fumaça”, está a cinco anos na localidade e há dois, administra o estacionamento que dá acesso ao rio, na chegada de Porto Rolim. Cobrando 10 reais a diária, ele e um funcionário cuidam dos veículos dos turistas dia e noite. Fumaça trabalha também na orientação do visitante em relação às opções turísticas da região.
União de forças 
Em Porto Rolim as entidades de classe realmente unem forças. A Polícia Militar Ambiental trabalha junto com a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e com a Associação Ecológica Comunitária de Conservadores do Rio Guaporé e seus Afluentes (Ecomeg), criada recentemente por moradores locais. O objetivo do trabalho em conjunto é defender a preservação ambiental e incentivar o turismo.
Estrutura oferecida
A opção mais segura para o visitante é manter contato com a Ecomeg, pelo telefone 69 3646 3019. A associação cuida de tudo para o turista, providenciando inclusive barco e piloto. O custo é de 140 reais a diária do barco, com motor e piloteiro. 
Para falar de Porto Rolim eu ficaria muito tempo, porém apenas palavras não expressam a maravilhosa experiência de conhecer aquele pequeno distrito de beleza inigualável. 

Visitar PORTO ROLIM é entender verdadeiramente o sentido da vida, vivendo momentos únicos e inesquecíveis que só a localidade oferece..


Luciana Kuster Kipert

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